hoje eu acordei com um frio enorme na barriga. Acordei sentindo o medo de não sair, mas também o receio de ir. Mariana (a banguelenta da foto ao lado) saiu ontem de casa falando do Rei pinguim e do fim do ano, e senti uma pontinha de angustia por não estar aqui nas festas de Natal e Ano Novo. Só consegui melhorar quando reli pela vigésima vez o livro do Amyr Klink, onde ele fala da ida das filhas para a Antártica. Eu sei que logo mais vou fazer isso - levar a Mari para ver de perto as focas e pinguins do continente gelado. Só preciso que ela fique um pouquinho maior para caber nas roupas de frio (rs).
É engraçado como o frio na barriga pode tomar várias formas e ter diferentes sabores. Ultimamente minhas emoções tem passeado na superfície da minha pele. Depois de tantos dissabores, parece que alguns amores tem se revelado de forma inesperada. Essa sensação de perda momentânea que sinto em deixar Mariana nas festas (ainda que bem acompanhada da mãe e da família) não me é estranha. Em 2007/2008 chorei muitas vezes de saudades e sei que dessa vez não será diferente. Amor de filha dói quando se está longe, mas agora tem uma paixão que chegou de repente e que dói mais ainda. Mas essa eu também tenho fé que ainda irei levar comigo para o branco Antártico.
É engraçado como o frio na barriga pode tomar várias formas e ter diferentes sabores. Ultimamente minhas emoções tem passeado na superfície da minha pele. Depois de tantos dissabores, parece que alguns amores tem se revelado de forma inesperada. Essa sensação de perda momentânea que sinto em deixar Mariana nas festas (ainda que bem acompanhada da mãe e da família) não me é estranha. Em 2007/2008 chorei muitas vezes de saudades e sei que dessa vez não será diferente. Amor de filha dói quando se está longe, mas agora tem uma paixão que chegou de repente e que dói mais ainda. Mas essa eu também tenho fé que ainda irei levar comigo para o branco Antártico.
Ainda assim eu fecho os olhos e o frio na barriga volta, pensando em tudo que eu vou viver intensamente em exatos 50 dias ! e já me sinto eufórico. Serão quase 2.000 milhas percorridas entre idas e vindas das Ilhas Shetlands, o canal de Lemaire e Paradise Bay (na foto ao lado, perto de Hannekin na Ilha Rei George em 2008). Escaladas, banho de água gelada e quase 200 novas almas que por 28 dias irão dividir minha atenção com a vontade de ficar lá e a de voltar imediatamente cheio de saudades para o Brasil. É amigo Amyr....vc tem toda razão - o maior perigo de uma viagem é não partir, e com certeza concordo quando vc diz que o ponto de partida é o mesmo do de chegada. Só resta respirar fundo, e viver intensamente cada dia com meus amores como se fosse o último.
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